Descrevo aqui alguns dos nossos princípios:
Primeiro limpamos o espaço tanto os internos como os externos. é assim que precisa ser. Simbolicamente é a criação do nosso vazio. Tudo o que não pertence a cena deve ficar fora. os espaços precisam estar vazios para a criação.
O ator precisa ter prazer na investigação. Deve olhar-se como objeto de estudo com possibilidades infinitas. um ator que não investiga, que se economiza é um ator morto. O ator precisa ter autonomia para criar em um ambiente onde as certezas não estão garantidas e isto seja uma elemento que o instigue a avançar e onde não haja concorrências com a autoridade do diretor. na verdade esta autoridade nem deve existir. Todos estão juntos.
Temos como carcterística uma estética fortemente marcada, coreografada e quando se fala em movimentos coreografados a mimese é apenas um estágio. A apropriação é fundamental. o movimento proposto deve pertencer ao intérprete e para tanto, a generosidade de absorver as formas do outro, tornando-as suas é essencial.
Quando penso as cenas, penso em imagens que se configuram tendo múltiplos significados, incluindo aqueles que serão dados pelo público. Mesmo a palavra só tem sentido quando é imagética. Os diálogos lineares tem me interessado pouco. Contemporaneamente somos ilhas. é do pressuposto do monólogo que eu parto.
Priscila Nicoliche
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